Nesta série de artigos, estamos a explicar o modo de funcionamento dos painéis solares e como eles podem transformar a luz solar em energia elétrica. Se você perdeu a primeira parte, não se preocupe, confira aqui a nossa explicação sobre as células fotovoltaicas.
Como são construídos os painéis solares?
Cada célula fotovoltaica, embora extremamente importante na produção de energia, é ineficaz sozinha, já que ela produz apenas em torno de 1 a 2 watts de energia. Para que a sua potência aumente a ponto de conseguirmos produzir energia suficiente para abastecer a nossa casa é necessário dispô-las e concentrá-las em um módulo solar compacto.
Assim, as células fotovoltaicas passam a ser conectadas através de uma faixa condutora muito fina, tecida de cima para baixo de cada célula de modo que todas – em um mesmo painel- estejam ligadas e se tenha um circuito.
Esse circuito passa a ser coberto com uma lâmina de vidro temperado, com tratamento antiaderente e antirreflexo e ainda dispõe de uma moldura de alumínio.
A parte posterior do painel possui dois condutores provenientes de uma caixa de junção. Ao se ligar todos esses cabos, os painéis fotovoltaicos passam a trabalharem em série. Todo esse conjunto é então conectado ao inversor, para que a corrente contínua produzida pelas células fotovoltaicas possa ser transformada em corrente alternada.
Como funciona o efeito fotovoltaico a nível atômico?
Tudo se inicia com os fotões de luz, que são partículas que viajam do Sol à Terra e levam cerca de 7 segundos para fazerem essa trajetória.
Esses fotões são os responsáveis por, ao atingirem a célula fotovoltaica, fazerem com que alguns dos eletrões que circundam o átomo se desprendam, deixando um espaço vazio.
Os eletrões livres, então, migram por meio da corrente eléctrica para a parte da célula de silício que está sem eletrões. O espaço vazio passa a ser preenchido por um novo eletrão e o processo continua a ocorrer.
Durante todo o período em que a luz solar atinge os painéis, o eletrões fluem em uma direção constante, deixando átomos e preenchendo átomos diferentes. É esse fluxo dos eletrões que gera uma corrente elétrica, também conhecida como energia solar fotovoltaica.
Embora sempre se fale da importância do silício para a geração de energia fotovoltaica, existem outros materiais que podem ser utilizados na fabricação das células fotovoltaicas. Porém, a tecnologia aqui descrita de forma simples é a mais comum em mais de 90% dos fabricantes de células fotovoltaicas e painéis solares.
Por agora, ficamos por aqui, esperamos que tenha gostado. Continuamos no próximo artigo!
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